segunda-feira, 14 de abril de 2014

só, isso

tô me sentindo sozinha.
hoje no metrô um cara passou mal,  tava segurando com cara de dor, o peito esquerdo. parecia infarto.
quando o metrô finalmente parou na estação seguinte, eu e mais algumas pessoas corremos para chamar ajuda. o moço tava com sede, e deixei com ele minha garrafa de água.
mesmo sendo uma coisa triste, e não sabendo o final da história (não sei o que aconteceu com ele depois), acho bonito como as pessoas se ajudam nessas horas. as mesmas pessoas que passam por cima de você diariamente, aquelas que quase nunca olham no seu rosto; às vezes  (eu diria que na maioria das vezes, em situações extremas) te ajudam. 
o engraçado nisso tudo é que, além dessas situações de desastres, doenças, partos, ataques (e às vezes até assaltos), você está sozinho (me refiro estar sozinho no meio da multidão, aquela velha história de sempre). SO-ZI-NHO. sozinho em todas as outras horas e situações: diria que por volta de 98% do tempo (sendo bem pessimista, sim). acho que podemos melhorar nesse sentido.

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