sexta-feira, 7 de junho de 2024

caminho de gente grande

a vida adulta é exaustiva, mas mesmo assim não voltaria a ser criança. eu gosto da independência que a adultice me trouxe, ao mesmo tempo, a gente pensa demais, sofre demais, ama demais, tem medo do desconhecido demais, tem que engolir sapo demais, temos que tomar todas as decisões fáceis e difíceis (que são diárias e sérias) e arcar com as consequências (que não são poucas). tenho ouvido muitos podcasts sobre decisões, sobre reconhecer e impor nossos limites (eu não sei nenhuma das duas últimas coisas), bancar escolhas (que sempre me pareceu difícil) e principalmente entender pra onde quero ir, como quero me relacionar, onde quero chegar, e não ter medo desse caminho, ou melhor, e ter coragem para traçar esse caminho nada fácil.
meu perfil é de alguém que nunca planejou muito onde queria chegar, fui indo, deixei a vida me levar, e agora, com meus 33 anos, percebo que não foi a melhor das opções, mas que bom que ainda dá pra reverter, e pela primeira vez eu vislumbrei um caminho e estou trabalhando nele (com o plus da vida real, de um trabalho que está tirando a minha sanidade, e com todos os problemas e responsabilidades da vida adulta). mas só agora a frase "se eu não fizer por mim, quem vai fazer?" faz sentido demais, é isso. tem um trecho do livro da alice que diz: "se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve", isso definiu a minha vida até aqui, mas agora não define mais.