segunda-feira, 18 de julho de 2022

rumos possíveis

tenho 31 completos... acho que qdo eu era mais nova eu era mais resistente, mais inflexível, não sei. só sei que eu tinha uma resistência e umas certezas que agora não fazem nenhum sentido hahaha.

sei que eu saí da área que insisti por alguns anos, em dezembro do ano passado. tô num lugar novo e aberta às possíveis possibilidades, mas sem uma real noção do que pode acontecer, na vdd, sem NENHUMA noção do que vai acontecer na vida (em todas as áreas), socorro. eu tô me  arriscando, mas no fundo me parece que eu preciso me jogar e de fato fazer as coisas que sei fazer (coisas manuais, tentar alguma área que envolva minha criatividade), sinto que meu medo me paralisa. medo de fracassar, de me frustrar, aí acabo nem tentando. muitas pessoas me falam há anos pra eu me jogar no que sei fazer, pra eu ser movida pela fazer manual mas, pareço ser a única pessoa que não acredita em mim, isso é meio bizarro.

tava na tokstok esses dias com a minha mãe e o vendedor perguntou se eu era artista, disse que pelo jeito que eu me vestia ele soube. escutar isso me deixou orgulhosa, porém com vergonha, e sem auto confiança suficiente pra dizer SOU. 

fui numa festa junina q alana me convidou, tinham uns colegas do mestrado dela lá, e a prof de uma disciplina de artes do corpo... conversamos, e a prof me perguntou se eu fazia teatro, neguei prontamente (pq é vdd, nunca fiz, nem nunca pensei sobre), ela disse: - que pena, vc é muito engraçada, devia pensar sobre. eu fiquei sem graça, mas orgulhosa tbm, pq as pessoas enxergam o que eu deveria enxergar, o que eu queria enxergar. triste demais não se ver né.

escrevi uma coisa no insta, uma viagem na vdd, e minha chefe me chamou de poeta, hahaha, disse que queria ler minha lista de compras... enfim, tudo isso pra ver se acredito em mim e faço algo de fato com as infos dos últimos dias.

tô pensando sinceramente em fazer teatro, circo, cenário, figurino, natação, cerâmica, oficina de escrita, tudo o que não fiz, as artes me chamam, vou tentar que nem as velhinhas de 80 anos que tentam de tudo (incluindo hidroginástica no sesc), quem sabe eu me encontro e tomo coragem de mergulhar nas artes de fato?! 

o que nunca faltou foi gente pra me encorajar, ainda não falta, isso me deixa feliz (até os desconhecidos me encorajam, eu fico passadah). acorda isabelaaaa

mas sobre não saber: no não saber moram as boas possibilidades. a vida é um mar de possibilidades, boto fé, pra pessoas indecisas como eu é um pouco complicado, massss pra pessoas exploradoras como eu, é um prato cheio! acho q isso tbm faz bastante sentido. no momento tô de mudança de casa, mudança de ponto de vista, mudança de auto entendimento e claroo, tentando mudar umas posturas. vamo ver se esse ano eu tenho um encontro marcado com a minha própria vida.

quinta-feira, 14 de julho de 2022

monólogo

eu só escrevo de brincadeira, sem pretensão. mas aí percebi hj a importância do escrever, como exercício: é um monólogo, você tá falando ali com o seu eu. talvez seja grave não escrever, pq aí pode ser considerado uma falta de comunicação interna. qdo vc escreve, vc pode reviver emoções que estão ali registradas, esquecidas. pode se lembrar de algo inútil e que era passageiro, mas virou eterno, pq escrito. eu não tenho feito muito o exercício de escrever, mas ontem me deu vontade de falar comigo, de contar coisas pra mim, que talvez daqui um ano eu leia e admire, ou talvez daqui um ano não faça mais sentido. 

essa vontade não veio do nada: primeiro, eu li esses dias uma carta de como me sentia em uma determinada relação, há um ano atrás. eu tinha esquecido a sensação, mas aí achei super mágico revisitar o sentimento, mesmo que nesse caso não seja um sentimento bom. também, pq domingo agora fui numas oficinas no sesc e o tema geral era sonho. aí travei 1- pq eu nunca me lembro muito dos meus sonhos, 2- eu não ando dormindo bem, na vdd nada bem, um acúmulo de ansiedade que tá prejudicando uma das únicas coisas que funcionavam bem> meu sono. 3- pq qdo eu sonho, sempre são com pessoas do presente ou do passado, conhecidas, geralmente coisas corriqueiras, nada extraordinário ou criativo. enfim, pensando nesses pontos, tbm resolvi começar a escrever meus sonhos mesmo os bestas, pra praticar a memória (que está SUPER afetada pós covid), pra ver se de repente, com a prática consigo entender algum recado dos sonhos (alô jung- ganhei o livro do jung de aniversário do meu amigo. o engraçado é que meu aniversário é no dia do aniversário do freud, hahaha, ironias da vida) eee como a prática da escrita, apenas. 

como agora, que cheguei do trabalho e resolvi abrir o blog pq tava com vontade de escrever, e tô escrevendo várias abobrinhas, sem nem pensar muito, pq feito é melhor q perfeito. acho essa frase engraçada, não concordo plenamente. mas enfim, escrever tbm é coragem né, mesmo em uma rede pouco usada, sabendo que esse texto será pouco lido (ou nunca lido). eu tenho experimentado ser corajosa- a tentar e talvez ouvir um NÃO- e entender que tudo bem, pq antes eu nem tentava, e qdo tentava e ouvia o não, minha vida acabava, eu me achava burra, inútil e não superava. agora eu tento, e digo isso em todas as instâncias. tenho praticado a coragem pra colocar limites e talvez desagradar o outro, coragem pra me candidatar pra vagas que eu jamais me imaginaria há pouco tempo atrás, coragem pra viver como eu quiser, afinal, eu tenho 31 anos. e na verdade, a coragem é uma palavra tão pesada pra um ato tão simples... falam que coragem é agir com o coração, e agir com o coração vem de se ouvir, assim, o começo do meu texto se linka com o final. ou não tbm hahahahahaha